domingo, 29 de setembro de 2013

Palmeiras e América-RN empatam em duelo de Valdivia e Andrey

esporte


Goleiro é provocado, irrita torcida, reclama do bafo do chileno, e vira atração do jogo, em atuação abaixo da média do Verdão e de Leandro
 
Andrey e Valdivia jogo Palmeiras e América-RN (Foto: Ale Frata / Agência Estado)Uma inusitada rivalidade entre Valdivia e o goleiro Andrey foi o ponto mais interessante, atraente e diferente do morno empate sem gols entre Palmeiras e América-RN na tarde deste sábado, no Pacaembu.
 
Teve de tudo. Desde soberba do meia até reclamação sobre seu bafo. Sim, bafo, mau hálito. Só faltou um puxar o cabelo do outro. Quase uma baixaria, mas que chamou mais atenção do que o jogo.
Já nos primeiros minutos, os dois tiveram o primeiro encontro. Pé de um no calcanhar do outro, e as provocações tiveram início.
 
Valdivia disse que jogava em time grande. Andrey, com sua chamativa camisa laranja, respondeu que o chileno não faria gol nele. E, em conversas mais íntimas, mais próximas, o goleiro sugeriu que o adversário comprasse uma escova de dentes. Que coisa!
Com o artilheiro Leandro e alguns outros jogadores em atuações piores do que as habituais, o líder do campeonato atuou como se estivesse cansado da Série B. Sabe que vai subir a qualquer momento, e não vê a hora disso acontecer.
 
Depois de um primeiro tempo em que o Verdão, de branco, só atacou, também ficou a impressão de que o gol seria como o acesso. Viria mais cedo ou mais tarde.
Só que o América melhorou demais, teve chance até de vencer. E no fim, o 0 a 0 acabou retratando com perfeição os 90 minutos de futebol no Pacaembu.
 
As duas equipes voltam a campo na próxima terça-feira, às 21h50. O Verdão, absolutamente tranquilo na liderança, vai a São José do Rio Preto enfrentar o Oeste, que tenta se distanciar mais da zona de rebaixamento. Já o América, ainda mais próximo dos quatro últimos, receberá o Bragantino em Natal.
A chatice de Andrey
Chato. Nenhuma palavra define melhor o goleiro Andrey, personagem do primeiro tempo. E ele certamente não vai se incomodar. Sua intenção era ser chato, e fazer o tempo passar o mais rapidamente possível.
 
Logo no início do jogo, recebeu de Valdivia um toquinho de nada no calcanhar, e caiu como se o mundo tivesse acabado. Rolou, fez cara feia... Era o primeiro episódio do duelo com o chileno, fato mais interessante dos primeiros 45 minutos.
O troco foi até perigoso. O camisa 1 do América-RN agarrou a bola em saída pelo alto, e fingiu que não viu o meia chileno à sua frente. Uma senhora trombada, proposital, que levou o palmeirense ao chão.
 
Um árbitro daqueles que gostam de confusão poderia ter até dado pênalti, mas Emerson de Almeida Ferreira fez pouco caso.
Andrey ainda seria protagonista em três outros lances. Em dividida com Vilson, ambos tentando alcançar a bola no alto, mais uma vez fez teatro e ficou no chão.
 
Logo em seguida levou cartão amarelo. Segundo ele porque colocou a bola em jogo com ela rolando. O árbitro entendeu como cera.
 
O goleirão ainda brilharia, enfim, fazendo o que tem de fazer: uma bela defesa em cabeçada de Alan Kardec.
Valdivia também apareceu. Após dominar um balão de Wendel, foi dele o passe para que Leandro perdesse a melhor chance de gol do Verdão.
 
 O gringo participou das principais jogadas da equipe, com movimentação intensa. O lateral-direito Luis Felipe, antes de sair machucado, também exigiu boa defesa de Andrey.
Foi ataque contra defesa. Os visitantes tentaram surpreender com a velocidade de Adriano Pardal, os deslocamentos de Vinícius Pacheco, e a visão de jogo de Chiquinho Gaúcho. Mesmo com tanta diferença entre os times, a etapa inicial terminou sem gols.
 
O cansaço de Valdivia
Valdivia voltou a campo rindo, mostrando os dentes, sem medo das acusações do rival sobre seu hálito. Andrey também.
 
 O goleiro teria mais motivos para sorrir. O América, bem armado por Pintado, melhorou muito. Adiantou seus jogadores e conseguiu afastar o Palmeiras de sua área. Mesmo assim, os anfitriões se mantiveram mais perigosos no início.
Na única bola que foi ao gol vermelho, Leandro recebeu de Valdivia e bateu. Lá estava Andrey. Não era tarde do artilheiro alviverde.
 
 Ele errou passes, se distraiu ao receber bolas, e irritou a torcida. Tanto que foi substituído por Serginho, e saiu vaiado.
Mais participativo no campo de ataque, o América conseguiu até ameaçar o gol de Prass. Como na falta sofrida por Pardal, bem próximo à grande área, que Vinicius Pacheco bateu, e o goleiro teve de espalmar para o meio da área.
Andrey deve ter contado aos companheiros, no intervalo, sobre as provocações de Valdivia. O chileno foi marcado de forma implacável, sofreu uma falta dura do capitão Edson Rocha, e também caiu muito de produção. Pareceu cansado.
Pardal teve a melhor chance do segundo tempo, mas bateu fraco de dentro da área, e facilitou a defesa de Fernando Prass.
 
 Andrey cumpriu a promessa de não sofrer gols do rival. O Palmeiras viveu dos bons passes do esgotado Valdivia.
 
 Foi pouco para vencer a disposição americana na luta para escapar da Série C. O Verdão não vai escapar da Série A. Mas precisa jogar melhor para escapar logo da B.
 
 

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