A Polícia Federal cumpre na manhã desta
quinta-feira (27) mandados judiciais, entre eles, três de prisão
temporária e 11 de busca e apreensão na 42ª fase da Lava Jato.
Os alvos
principais, segundo nota do Ministério Público Federal no Paraná
(MPF-PR), são Aldemir Bendine, ex-diretor da Petrobras e do Banco do
Brasil (BB), e operadores financeiros suspeitos de participarem do
recebimento de R$ 3 milhões em propinas pagas pela Odebrecht.
Bendine esteve no comando do BB entre 17 de abril de 2009 e 6 de
fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobras entre 6 de fevereiro de
2015 e 30 de maio de 2016.
De acordo com o MPF-PR, existem evidências
de que ele pediu propina à Odebrecht AgroIndustrial.
“Numa primeira oportunidade, um pedido de propina no valor de R$ 17
milhões realizado por Aldemir Bendine à época em que era presidente do
Banco do Brasil, para viabilizar a rolagem de dívida de um financiamento
da Odebrecht AgroIndustrial.
Marcelo Odebrecht e Fernando Reis,
executivos da Odebrecht que celebraram acordo de colaboração premiada
com o Ministério Público, teriam negado o pedido de solicitação de
propina porque entenderam que Bendine não tinha capacidade de
influenciar no contrato de financiamento do Banco do Brasil”, diz a nota.
Além disso, segundo o MPF, “há provas apontando que, na véspera de
assumir a presidência da Petrobras, o que ocorreu em 6 de fevereiro de
2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros novamente
solicitaram propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis.
Desta vez, as
indicações são de que o pedido foi feito para que o grupo empresarial
Odebrecht não fosse prejudicado na Petrobras, inclusive em relação às
consequências da Operação Lava Jato.”
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